segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EM NOME DE DEUS








By the yes by the no como diria qualquer inglês, nada melhor que começar um blog com um post com este título.
Mas, ironias à parte, o que aqui quero partilhar hoje é a impressão que o filme DOS HOMENS E DOS DEUSES  me deixou e a reflexão que se lhe seguiu.
Antes de mais um preâmbulo: há vinte e cinco anos que mantenho este hábito com o meu cara metade: todas as semanas vamos ao cinema. Interregno neste hábito apenas o nascimento dos rapazes ( e os anos que se lhe seguiram ) e impossibilidades profissionais ou de saúde. De resto é fatal e certinho: cinema semanal. Gostamos daquela sensação de sair de casa estar numa sala grande e confortável com som soundround… . manias. Boas Manias , note-se.
Ora como os nossos gostos nem sempre coincidem ( leia-se quase nunca ) uma semana escolhe um outra escolhe o outro.
Isto como intróito para dizer que andei a adiar e arranjar desculpas para não ver o filme quando em exibição.
Esta semana  calhava-me a mim a escolha só que ao chegarmos ao cinema só havia lugares nas duas primeiras filas e a Noite em Paris ficou para outro dia.
Lançámos mão do clubevideo MEO e, vá lá saber-se porquê escolhi (EU!!) o filme.
As primeiras cenas levaram-me a enroscar-me no sofá já antevendo uma bela soneca.
Pois bem, fiquei colada ao ecran o tempo todo refém da beleza da fotografia e do ritmo lento mas perfeitamente enquadrado no contexto da história.
Oito frades numa comunidade na Argélia já independente e que começa a haver-se com os primeiros fundamentalismos. Todo o filme é uma morte anunciada e aceite. Não com  a heroicidade dos mártires mas com os terrores humanos envoltos numa compaixão para com a comunidade e com um sentido do dever, das escolhas feitas, dos compromissos assumidos. São homens que tremem ao ver-se perante as armas, que duvidam, que soluçam pedindo a Deus que lhes dê uma luz, que suam de medo perante o que sabem estar para vir.
No filme há duas cenas marcantes: Uma quando um grupo de fundamentalistas chega ao mosteiro em busca de medicamentos. A troca de palavras entre o chefe do grupo e o prior é feita numa base de tolerância que me surpreendeu.
A outra é o reconhecimento do cadáver desse mesmo mujadin feito pelo prior que tão logo inicia uma  oração por aquela alma, para escândalo do militar presente.
Não pude, uma vez mais pensar em quantas atrocidades e guerras são cometidas em nome de deus!
Um filme que irei rever.

Ficha Técnica:

Realização:

·         Interpretação:
·         Philippe Laudenbach
·         Argumento:


1 comentário:

  1. Parabéns pelo blogue. Vou seguir com interesse.
    (Cá em casa o comando nunca é meu:-(

    Somos cinéfilos viciados. Ultimamente mais caseiros e de séries.:-))

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