sexta-feira, 23 de setembro de 2011

UM AMOR SEM FIM




Sou uma leitora compulsiva! É oficial e de há muito notório! Sou das que não toma o pequeno almoço sem ter à frente qualquer coisinha por onde passar os olhos, seja jornal, revista, livro ( menos, que àquela hora os olhos ainda estão pisquitos) ou em último recurso a embalagem dos cereais.
Gosto de ler, pronto!
Mas não se pense que engulo tudo o que leio ou que não sou crítica q.b.! Pior: sou extremamente critica! Além de que sou de amores e ódios.
Autor que não me cative à primeira dificilmente me voltará a ter no rol dos leitores! E podem dizer-me que de facto evolui e coisa e tal. Não há maneira!
Mas o contrário também acontece. Quando encontro um autor por quem me apaixono é quase doentio. É doentio!!! Leio tudo, até ter que parar por enjoo de estilo, entremear com outros para mais tarde voltar, como quem retoma um velho amor.
Adoro ver como evoluem na forma como pintam cada frase, cada discrição. Como se tornam de inseguros autores de livrinhos a galardoados com best sellers. Sinto-me quase parte desse triunfo! Apetece-me dizer: “Ah e eu que o conheci tão pequenino e é vê-lo agora. Orgulho da sua leitora!”
De momento estou numa relação reatada com o Ken Follett .
Depois de ter visto a série OS PILARES DA TERRA, livro pelo qual eu passava sem que ele me escolhesse  ( vá lá saber-se porquê! ), decidi-me a ler, não esses mas os anteriores, os livros antes da consagração.
Foi paixão á primeira leitura! Há um estilo corrido jornalístico que imprime às histórias uma dinâmica que nos enlaça e arrebata, sem nunca perder o cunho da escrita de autor. Coisa que muito jornalista da nossa pracinha bem podia aprender! Sim que ser bom jornalista , ou nalguns casos assim-assim, não lhes confere o dom da escrita e muito menos o título de escritor.
Mas voltemos ao Ken Follett.
O que me atrai nos seus livros é o profundo conhecimento dos temas que aborda, quer ao nível histórico, quer geográfico, quer sociológico, incutindo-lhes uma forma tão singela e ao mesmo tempo tão real e profunda que quase poderíamos cruzarmo-nos com uma qualquer personagem ao virar da esquina.

Foi assim com O VALE DOS CINCO LEÕES; O HOMEM DE S. PETERSBURGO; NOITE SOBRE AS ÁGUAS e NOME DE CÓDIGO LEOPARDA.
Aí já estava perdidamente apaixonada e entreguei-me: A QUEDA DOS GIGANTES  foi num ápice. Felizmente que ainda não tinha saído o segundo porque me poupou a fase do enjoo e naveguei para outras águas.
Mas um velho amor é difícil de morrer e eis-me aqui agarrada a UM MUNDO SEM FIM  até às tantas da madrugada, apagando o candeeiro relutantemente e sonhando em como deve sentir-se um pequeno deus quem assim cria.




 

1 comentário:

  1. Também sou uma leitora compulsiva:-) Cá em casa somos dois. Com gostos diferentes:-)

    Sou tão doida que quando me apaixono pelos autores, para além de ler, tenho que possuir os livros (mesmo que já os tenha lido:-)

    Vou seguir a sugestão deste autor para mim desconhecido Ken Follett...o que eu gosto mesmo é de bibliotecas, pois cada vez tenho menos "tempo" de aumentar a minha cá de casa:-))

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